“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso” (Mt 25,31).
Caros amigos e amigas;
Há poucos dias iniciamos liturgicamente um “Ano Novo”, o Tempo do Advento. Todavia, não só na Liturgia da Igreja, mas também em nossas vidas, Jesus deseja inaugurar um novo Tempo: de conversão, graça, reconciliação e de instauração da plenitude do seu amor em nossos corações. Dezembro é um mês de grandes comemorações. Convida-nos a percorrer, como Igreja Peregrina, o caminho do Advento, com a expectativa e conversão que acende em nós o desejo da vinda do Senhor, quando celebraremos a Festa da Encarnação, o Natal do Senhor Jesus. “Um menino nos nasceu, nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor”. É tempo também de montar o Presépio, que nos ajuda a meditar este grande mistério da Encarnação do Verbo, que “se fez pobre para nos enriquecer”, como disse São Paulo.
Os Dez Mandamentos, gravados inicialmente por Deus em nossos corações e, depois, registrados nas Tábuas da Aliança, orientam nosso caminho em direção ao verdadeiro Bem. Eles revelam a vontade divina, guiando-nos a viver aquilo para que fomos criados: conhecer e amar a Deus (CIC, 31). Dessa forma, o terceiro mandamento, “guardar domingos e festas”, ressoa como um convite direto de Deus.
Esse convite não se resume a marcar presença em dias específicos da Igreja; é, na verdade, uma iniciativa amorosa de um Deus que sempre toma a dianteira no amor. Assim, o cerne do mandamento do repouso dominical é estar com Deus e dedicar tempo a Ele, especialmente participando da Eucaristia. Como destaca o Catecismo da Igreja Católica, “a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja” (CIC, 2177).
Os dias de preceito são, portanto, aqueles em que a participação na Eucaristia é uma obrigação para os fiéis — sob pena de pecado grave. Essas datas litúrgicas revestem-se de especial importância, pois nos mergulham de maneira mais profunda na lógica da obra salvífica de Deus, representando aspectos fundamentais de nossa fé. Desse modo, é importante que estejamos atentos à nossa vivência litúrgica, a fim de seguir os dias de preceito, como nos manda a Santa Igreja.
Sendo assim, esses dias não são meros rituais, mas sim ocasiões para aprofundar a fé e manifestar o nosso amor a Cristo, que nos salvou. Entender e viver os dias de preceito é mergulhar no Plano de Salvação Divino. É também abraçar o chamado da Igreja para uma participação ativa na vida sacramental, alimentando o relacionamento com Deus e testemunhando publicamente a fé.
Por fim, em 28 de dezembro, quando celebraremos a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, encerraremos o Jubileu da Esperança. Que este Ano Santo desperte em cada um de nós uma Cultura do Encontro. Que possamos, como nos ensina São João Paulo II, convencer-nos de que a celebração da Eucaristia não é apenas o dever mais sagrado, mas sobretudo, a necessidade mais profunda de nossa alma.
Desejo a você e à sua família, os mais sinceros votos de um Feliz e Santo Natal, assim como de um próspero Ano Novo.
Saudações em Jesus, sob a proteção de Maria e José!
Pe. Gustavo da Silva Alves
Pároco