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03/07 Em intenção de oração para julho, Papa pede que o sacramento da Unção dos Enfermos seja sinal visível de compaixão
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A intenção de oração de Francisco para este mês é a pastoral dos enfermos. E precisamente ao sacramento da Unção dos enfermos é dedicado O Vídeo do Papa, que acompanha as suas palavras.

Na vídeomensagem, divulgada através da Rede Mundial de Oração do Papa, Francisco pede que rezemos “para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança”.

Consolar, motor da esperança

“Quando o sacerdote se aproxima de uma pessoa para lhe dar a Unção dos Enfermos, não está necessariamente a ajudá-la a despedir-se da vida. Pensar assim é desistir de toda a esperança. É dar por adquirido que depois do padre vem o coveiro”, comenta Francisco no início do vídeo.

Os sacramentos da Igreja são dons, as formas como Jesus se faz presente para abençoar, animar, acompanhar, consolar. A Igreja acredita e confessa que o sacerdote vem ajudar, ao administrar a Unção dos Enfermos, um sacramento que proporciona consolo aos que sofrem alguma doença e aos seus mais próximos.

Um sacramento com dimensão comunitária

O convite do Papa Francisco à oração de toda a Igreja é uma forma de tornar visível que a Unção dos Enfermos é um sacramento de natureza comunitária e relacional.

“No momento da dor e da doença não estamos sós: o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno”, afirmou o Papa perante milhares de fiéis, numa audiência geral, em fevereiro de 2014, dedicada a este sacramento.

A proximidade de Jesus

Este sacramento assegura a proximidade de Jesus à dor de quem jaz enfermo ou do idoso, o alívio dos seus sofrimentos e o perdão dos seus pecados, mas não é sinónimo da receção de um milagre de cura do corpo nem de uma morte iminente.

A Unção dos Enfermos é, frequentemente, um sacramento esquecido ou menos reconhecido, continuou o Papa. No entanto, “é o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados. E isto é muito bonito!” – daí a sua importância pastoral.

As imagens que acompanham as palavras de Francisco – filmadas em duas dioceses dos Estados Unidos: Allentown (Pensilvânia) e Los Angeles (Califórnia) – põem em destaque precisamente os diferentes contextos em que o sacramento pode ser administrado.

No vídeo, realizado por uma equipe de profissionais da arquidiocese de Los Angeles, entrelaçam-se duas histórias aparentemente muito diferentes em idade e situação clínica do enfermo, mas unidas pela graça do sacramento e pelo grande afeto daqueles que se reúnem em volta de quem recebe o sacramento.

A Unção dos Enfermos à luz dos Evangelhos

O padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, salienta que, embora já haja muitas pessoas que redescobriram a profundidade do Sacramento da Unção dos Enfermos, este ainda é visto, frequentemente, como uma forma de preparar os doentes para a morte.

“É isto que o Papa Francisco diz, quando recorda que, quando alguém está gravemente doente, queremos sempre adiar o sacramento da Unção dos Enfermos, pois persiste a ideia de que o coveiro chega depois do sacerdote (audiência geral de 26 de fevereiro de 2014). Por isso, o Papa Francisco deseja que este mês possamos redescobrir toda a profundidade e o verdadeiro sentido deste sacramento, não apenas como preparação para a morte, mas como um sacramento que consola os doentes em alturas de doença grave, bem como os que lhe são queridos, e dá força a quem os cuida”.

“A pessoa doente não está sozinha; com os sacerdotes e as pessoas presentes, é toda a comunidade cristã que a apoia com as suas orações, alimentando a fé e a esperança, e assegurando-lhe, bem como à família, que não estão sós no seu sofrimento. Todos conhecemos pessoas doentes, rezemos por elas, e se entendemos que padecem uma doença grave, bem como aos idosos cujas forças declinam, não tenhamos dúvidas em propor-lhes que vivam este sacramento de consolação e esperança”, conclui o padre Fornos.

Assista ao vídeo:

CNBB

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